Policia novo em uma cidade do interior, recém vindo da capital, mal fazia ideia de quantas tetas tinha uma vaca, e dos costumes campeiros nada sabia. Até que um belo dia entra na delegacia uma senhorinha, maltrapilha, com as vestes sujas de terra, e o rosto muito enrugado. Pergunto: - Em que posso ajudá-la. E me diz que queria fazer um ciente. Perguntei sobre o que se tratava. E respondeu que haviam roubado sua única galinha. - Ah, então foi um furto. A senhora viu o ladrão? – Não vi, não. Mas é que minha galinha tava velha, e vertendo uma aguinha em baixo. Não entendi bem o que tinha a ver, a galinha estar doente com o delito. E ela respondeu preocupada: - É que quero avisa, pra não comerem ela, se não podem passar mal. Não da pra anuncia na rádio? Pobre senhora, com pena que o vagabundo que lhe furtou a galinha, viesse a passar mal. A preocupação dela não era com seu prejuízo e sim com o ladrão. Tentei acalmá-la dizendo que anunciaria na rádio, e que pudesse ir tranqüila, e a senhorinha assim saiu da delegacia, com a alma aliviada. Não fiz o anuncio, tão pouco o registro, e muito menos o ladrão apareceu reclamando da galinha estragada.
Autor: FSantanna
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